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Nonsense

 

Você tem razão.

E quem discorda de você ou se omite ou não ouviu ou o leu ou não o entendeu.

Também a cigana que leu minha mão no “paraíso do baixinho” e disse que Jesus está sempre comigo e que eu morreria velhinho, algo que ela deve ter repetido para diversas pessoas na mesma manhã, bem como a menina que “adivinhou” minha idade comparando uma tabela de números em Aracaju.

E meu bom tio Joaquim, que eu tanto amava sem o saber, que se suicidou depois de um derrame. E quem tentou dissuadi-lo sem sucesso.

E o pequeno Gabriel quando dizia:”eu se ralei todo”. E quem o corrigia.

E o heterossexual, o homossexual, o bissexual. Também o judeu, o muçulmano, o budista, o politeísta, o católico, o espírita, o evangélico, o umbandista e o ateu. Tudo é isso é expressão do homem e sua humanidade. São metáforas arbitrárias.

Afinal, agimos e interpretamos o mundo conforme as nossas necessidades e capacidades, que não sabemos bem quis são.

No fundo, quase nada sabemos sobre nós mesmos. Somos um enigma para nós mesmos. Superestimar a consciência é nosso pecado original.

Conhecer a deus/deuses e seus propósitos é a expressão máxima da vaidade e megalomania humana.

Somos um corpo, que ama, que odeia, que sofre, que goza, que se reinventa permanentemente, que aspira a legislar sobre outros corpos, que quer imperar, reinar.

Em suma, tudo é “vontade de poder”.

Ou, como disse Protágoras, as afirmações contrárias são igualmente verdadeiras.

Também por isso, aqueles que quiserem me contestar, não precisam fazê-lo, pois reconheço, desde logo, que estão certos, embora eu discorde.

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Não é fácil prefaciar qualquer trabalho de Paulo Queiroz, principalmente quando ele homenageia o prefaciador. O largo tirocínio no Ministério Público Federal, os longos anos de magistério universitário e as inúmeras palestras proferidas por esses brasis afora, congeminados, descortinaram-lhe novos horizontes. E aí está a literatura jurídica pátria engrandecida com mais um trabalho que honra sobremodo as nossas tradições.

A prescrição é a mais relevante, a mais complexa, a mais controversa e a mais frequente causa de extinção da punibilidade. Nem todos concordam com a prescrição e sempre houve quem propusesse a sua abolição total ou parcial sob a justificativa de ser um dos fundamentos da impunidade.

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