Você tem razão.
E quem discorda de você ou se omite ou não ouviu ou o leu ou não o entendeu.
Também a cigana que leu minha mão no “paraíso do baixinho” e disse que Jesus está sempre comigo e que eu morreria velhinho, algo que ela deve ter repetido para diversas pessoas na mesma manhã, bem como a menina que “adivinhou” minha idade comparando uma tabela de números em Aracaju.
E meu bom tio Joaquim, que eu tanto amava sem o saber, que se suicidou depois de um derrame. E quem tentou dissuadi-lo sem sucesso.
E o pequeno Gabriel quando dizia:”eu se ralei todo”. E quem o corrigia.
E o heterossexual, o homossexual, o bissexual. Também o judeu, o muçulmano, o budista, o politeísta, o católico, o espírita, o evangélico, o umbandista e o ateu. Tudo é isso é expressão do homem e sua humanidade. São metáforas arbitrárias.
Afinal, agimos e interpretamos o mundo conforme as nossas necessidades e capacidades, que não sabemos bem quis são.
No fundo, quase nada sabemos sobre nós mesmos. Somos um enigma para nós mesmos. Superestimar a consciência é nosso pecado original.
Conhecer a deus/deuses e seus propósitos é a expressão máxima da vaidade e megalomania humana.
Somos um corpo, que ama, que odeia, que sofre, que goza, que se reinventa permanentemente, que aspira a legislar sobre outros corpos, que quer imperar, reinar.
Em suma, tudo é “vontade de poder”.
Ou, como disse Protágoras, as afirmações contrárias são igualmente verdadeiras.
Também por isso, aqueles que quiserem me contestar, não precisam fazê-lo, pois reconheço, desde logo, que estão certos, embora eu discorde.