Um viajante do tempo, que pôde testemunhar as mil formas sob as quais assumiram desde sempre, teria dito:
“Eu os vi, senhores, a escravizar e a pregar a escravidão;
Eu os vi, brancos e bons, a salvar e converter os selvagens e sem alma;
Eu os vi, inquisidores, a dizimar os heréticos;
Eu os vi, santos e puros, a castigar os impuros;
Eu os vi, fiéis, a punir os infiéis;
Eu os vi, inocentes, a condenar os culpados;
Eu os vi, superiores, a segregar e exterminar as raças inferiores;
Eu os vi, homens, a subjugar as mulheres;
Eu os vi, cidadãos, a excluir os não cidadãos;
Eu os vi, nacionais, a discriminar os estrangeiros;
Eu os vi, castos, a oprimir os pervertidos;
E os vejo, agora, homens de Deus, a defender a família e os bons costumes.
Homofóbicos, quanta perversão oculta o desejo de reprimir a sexualidade alheia?!”