1)Evite inversão de frases. Ao invés de dizer “devidamente provados estão os fatos na petição articulados”, diga simplesmente: “os fatos articulados na petição estão devidamente provados”. Enfim: convém seguir a ordem sujeito-verbo-predicado;
2)Evite adjetivos, especialmente os inúteis, tais como “o ínclito magistrado”, o “inesquecível fulano”, o “imperecível Pontes de Miranda”, e principalmente o “saudoso sicrano”, mesmo porque pode ocorrer de o “saudoso” estar ainda vivo;
3)Evite inserir muitas informações no mesmo parágrafo;
4)Evite o uso arbitrário da linguagem jurídica. Exemplo: o juiz emitiu parecer; o promotor decidiu condenar; o juiz deu provimento à ação etc.
5)Evite períodos e parágrafos longos;
6)Evite o uso de mais de uma conjunção no mesmo parágrafo. Exemplo: “No entanto, apesar disso….” e, principalmente, “mas, porém…”;
7)Prefira “precedente” à “jurisprudência”, especialmente nos dias atuais em que os precedentes mudam a todo momento e não chegam a criar jurisprudência;
8)Evite excesso de citações de autores e precedentes, sobretudo quanto repetitivos, de modo a destacar as citações realmente importantes;
9)Priorize os argumentos mais importantes, ordenando-os segundo a relevância que representam para a respectiva causa, colocando-os já no início do texto, deixando os menos importantes para o final;
10)Evite citações em língua estrangeira; use-as somente quando estritamente necessárias;
11)Evite fazer afirmações ofensivas, sobretudo contra aqueles de se quem se espera um parecer ou decisão favorável;
12)Evite citações de artigos de lei no corpo do texto (use notas de rodapé), exceto se estiver em discussão o seu exato sentido;
13)Evite o ridículo ou exibicionismo puro e simples (ex: “desde priscas eras esse sodalício profetiza a profecia..”;
14)Não cite autores que nunca leu, como se os tivesse lido; se tirou algo de um outro autor, cite-o;
15)Busque o máximo possível de clareza, precisão e concisão.