Ela disse: “eu te amo; e não sei viver sem ti”. Ele, maravilhado, retribuiu com o mesmo carinho.
E assim passaram a viver juntos, a comer juntos, a dormir juntos.
E, sem que notassem, ela passou a exigir exclusividade, a imaginar que o mataria se ele ousasse pensar em outra.
Lamentava não poder decifrar seus pensamentos e seu silêncio, e, por isso, interrogava-o sobre seus gestos e olhares.
E de algum modo controlava seus desejos, seus horários, seus gestos, sua libido.
E passou a moldá-lo, a domá-lo, a apropriar-se dele, corpo e espírito . E ele, dela.
Amar, vontade de poder.